segunda-feira, 25 de maio de 2009

oh me, oh life

Oh eu, Oh vida...

Oh vida, das perguntas desses recorrentes,
Dos infindáveis trens dos incrédulos,
Das cidades repletas de tolos.

E eu sempre me repreendendo,
Quem é mais tolo e incrédulo do que eu?

Dos olhos que em vão procuram pela luz
em coisas comuns,
Do esforço sempre renovado,
De pobres resultados em tudo.

Das sórdidas multidões que eu vejo
se arrastando ao meu redor,
De esgotados e inúteis anos de cansaço.

E desse cansaço vem uma pergunta:
O que há de bom em tudo isso, oh vida?

A resposta:
Que você está aqui,
Que existe vida e identidade,
Que o poderoso jogo continua,
E você pode contribuir com um verso...

“Oh me, oh life”

Walt Whitman – 1865.

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