terça-feira, 30 de junho de 2009

calvinbol


uma mente livre pode qualquer coisa...

Uma das criações mais interessantes do Bill Watterson no universo do Calvin e Haroldo, sem sombra de dúvida, foi o famoso Calvinbol, o esporte onde a única regra é que não se pode repetir a mesma regra duas vezes.

Nele a cada instante são criadas novas regras com a mesma facilidade com que antigas são descartadas, todas com o objetivo de fazer o Calvin ganhar, é claro, mesmo que ele não assuma isso...

uma dica: clique na imagem para poder ler os quadrinhos!

sexta-feira, 26 de junho de 2009

um passeio de carro




numa rodovia tranqüila de um lugar qualquer...

sorria




apenas se lembre
que podemos sorrir

aqui dentro de nós mesmos
e que isso não nos pode ser tirado

é uma maneira melhor de ver a vida...

uma música especial




queria que vocês entendessem
e lhes mostrar que ela me inspira

e poder gostar da terra
e ver o dom da beleza e do amor

sou uma criança da terra
ela me deu a vida...

essas palavras acima são essas em francês
que aparecem durante a música...

e essa música além de ser linda,
é a "música tema" minha e da Cristina, meu amor!

tocando em frente

Ando devagar porque já tive pressa
e levo esse sorriso porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe
Só levo a certeza de que muito pouco eu sei, ou nada sei...

Penso que cumprir a vida seja simplesmente
compreender a marcha ir tocando em frente
como um velho boiadeiro
levando a boiada eu vou tocando os dias
pela longa estrada eu vou, estrada eu sou

Todo mundo ama um dia, todo mundo chora
Um dia a gente chega, no outro vai embora
cada um de nós compõe a sua história
cada ser em si carrega o dom de ser capaz
e ser feliz

Conhecer as manhas e as manhãs
o sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir

Ando devagar porque já tive pressa
e levo esse sorriso porque já chorei demais
cada um de nós compõe a sua história
cada ser em si carrega o dom de ser capaz
e ser feliz...

Almir Sater e Renato Teixeira

quinta-feira, 25 de junho de 2009

instantes

Se eu pudesse novamente viver a minha vida,
na próxima trataria de cometer mais erros.
Não tentaria ser tão perfeito,
relaxaria mais, seria mais tolo do que tenho sido.

Na verdade, bem poucas coisas levaria a sério.
Seria menos higiênico. Correria mais riscos,
viajaria mais, contemplaria mais entardeceres,
subiria mais montanhas, nadaria mais rios.
Iria a mais lugares onde nunca fui,
tomaria mais sorvetes e menos lentilha,
teria mais problemas reais e menos problemas imaginários.

Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata
e profundamente cada minuto de sua vida;
claro que tive momentos de alegria.
Mas se eu pudesse voltar a viver trataria somente
de ter bons momentos.

Porque se não sabem, disso é feita a vida, só de momentos;
não percam o agora.
Eu era um daqueles que nunca ia
a parte alguma sem um termômetro,
uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um pára-quedas e,
se voltasse a viver, viajaria mais leve.

Se eu pudesse voltar a viver,
começaria a andar descalço no começo da primavera
e continuaria assim até o fim do outono.
Daria mais voltas na minha rua,
contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças,
se tivesse outra vez uma vida pela frente.
Mas, já viram, tenho 85 anos
e sei que estou morrendo...

Jorge Luis Borges, 1986, Suíça.

terça-feira, 23 de junho de 2009

wing chun, vencendo a arrogância




A principal diferença entre os estilos praticados atualmente está em seu conceito de defesa.

Enquanto em muitas artes marciais procura-se bloquear o ataque do agressor para depois contra-atacar, ou mesmo desviar este ataque para depois contra-atacar, o princípio básico do Wing Chun é o de utilizar esta força contra o próprio agressor, onde a defesa já funciona como ataque e vice-versa.

Aqui nesta cena do filme "Yip Man" ele demonstra muito bem estes princípios quando luta contra Kam Shan-Chau.

Apenas para entender um pouco, Kam Shan-Chau era um exímio lutador que procurava fama e fortuna, desafiando e fechando todas as escolas de kung fu que encontrava pelo caminho, até que se depara com o mestre Yip Man, do qual aprende uma valiosa lição...

wing chun, treinando com um amigo




Yip Man nasceu em uma família abastada, cujo templo era dirigido pelo Mestre Chan Wah Shun, "Wah, o Trocador de Dinheiro", do estilo Wing Chun de Kung Fu.

Wing Chun é um sistema de defesa pessoal realista, criado na China por uma mulher, Ng Mui (monja shaolin). Simples e eficiente, descarta todo movimento acrobático.

É uma arte marcial singular, desenvolvida para permitir que qualquer tipo de pessoa, independentemente de tamanho, força ou sexo, possa se defender de agressores maiores e mais fortes.

Yip Man treinou com o Mestre Wah até o seu falecimento, três anos depois. Nessa época ele se mudou para Hong Kong para prosseguir os estudos de graduação.

Mais tarde conheceu Leung Bik, o segundo filho do Grande Mestre Leung Jan, que foi professor de Chan Wah Shun, o antigo mestre de Yip Man.

Yip Man solicitou que o aceitasse como discípulo. Dessa forma Yip Man concluiu os estudos do Wing Chun aos 24 anos, quando retornou a Fatshan.

Aqui temos a cena do filme "Yip Man", onde ele treina com um amigo, o mestre Liu, praticante de um outro estilo de Kung Fu...

domingo, 14 de junho de 2009

punho embriagado




O Zui Quan, palavras em mandarim que significam "punhos embriagados". É um dos estilos de wushu tradicional (Kung Fu) em que imita os movimentos de um bêbado, popularmente chamado de Estilo do Bêbado ou Boxe do Bêbado.

A postura do "boxe do bêbado" são criadas pelo impulso e pelo peso do corpo, com fluidez nos movimentos. Considera-se estar entre os estilos mais difíces de Wushu.

As técnicas de Zui Quan são baseadas na lenda dos Oito Bêbados Imortais. Cada uma das técnicas no boxe do bêbado demonstra um atributo de um dos Imortais. Os estilos de cada um dos Imortais são combinados para dar forma à uma luta bonita e eficaz.

Além do boxe bêbado, existem também os estilos da espada bêbada,
do bastão bêbado, do facão bêbado e da lança bêbada.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

algo novo

A força pulsa
A liberdade é a lei suprema
Nesse instante

Já não sinto
O soar do sino
Nem o vibrar do aço

Como cavalos selvagens
Por sobre as rochas
Abrimos fendas
Entre os campos

E as ruas são poucas
Para os nossos pés
E a noite já não é tão escura

A força escapa
De nossos lábios
Que misturados
Já não se soltam

E no teu beijo
Me sinto livre
E nos teus olhos
Me sinto teu

Carlos Ferreira

o tempo

O despertador é um objeto abjeto.
Nele mora o tempo.
O tempo não pode viver sem nós,
para não parar.

E todas as manhãs
nos chama freneticamente
como um velho paralítico
a tocar a campainha atroz.

Nós é que vamos empurrando,
dia a dia, sua cadeira de rodas.
Nós, os seus escravos.

Só os poetas
Os amantes
Os bêbados
podem fugir por instantes ao Velho...

Mas que raiva impotente dá no Velho
quando encontra crianças a brincar de roda
e não há outro jeito senão desviar delas
a sua cadeira de rodas!
Porque elas, simplesmente, o ignoram...

Mário Quintana