Algumas pequenas coisas que permeiam nossa vida deixam algo que nos fazem parar um pouco o que estamos fazendo; para comtemplar, refletir, sonhar e viver um pouco melhor a nossa pequena vida...
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
lençois
uma verdadeira aventura
em um espaço tão pequeno,
seria mais ou menos assim
quando sonhamos,
corremos, voamos, nadamos,
pulamos, caimos, subimos
e novamente dormimos...
educando sempre
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
aaauuuggghhhh
eu... me sinto estranho!
por que isso está acontecendo comigo?
eu vou ficar assim para sempre?!
o efeito da anestesia durou mais do que devia!!
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
pequenos órfãos
Essa música é do filme francês, A Voz do Coração
(Les Choristes, 2004)
Conta a história de um lar para crianças
que não se ajustam à sociedade,
e também de alguns orfãos;
que encontram na sua rebeldia
uma maneira de se impor...
Até que com a chegada de um novo professor as coisas
começam a serem vistas e ouvidas de uma forma bem diferente...
O filme mostra como a música pode mudar corações!
Fique a vontade para cantar junto...
Vois sur ton chemin
Gamins oubliés égarés
Donne leur la main
Pour les mener
Vers d'autres lendemains
Sens au coeur de la nuit
L'onde d'espoir
Ardeur de la vie
Sentier de gloire
Bonheurs enfantins
Trop vite oubliés effacés
Une lumière dorée brille sans fin
Tout au bout du chemin
Sens au coeur de la nuit
L'onde d'espoir
Ardeur de la vie
Sentier de gloire
Bruno Coulais
...
Veja sobre o seu caminho
Crianças esquecidas e perdidas
Lhes dê a mão
Para as guiar
Em direção aos dias seguintes
Sentir no coração da noite
A onda de esperança
Ardor da vida
Caminho da glória
Felicidades infantis
Rapidamente esquecidas e apagadas
Uma luz dourada brilha sem fim
Ao final do caminho
Sentir no coração da noite
A onda de esperança
Ardor da vida
Caminho da glória
carta
Queremos a perfeição
Ela foi embora
Procuramos tanto
Algo para ser entendido
Algo que nunca se encontra
Apenas resta em nós
O pouco que somos
Essa pessoa que descobrimos
As vezes lágrimas curam nossa dor
As vezes a dor cura nossas lágrimas
O que importa agora é você
Sem medos que espantem
Ou ódio que destrua
Mas você,
Sua lágrima sincera
A força que te move
A vida que você tem ainda
A cada dia renovada...
Talvez um poema seja pouco
Mas nunca é o suficiente
Por favor,
Não se esforce em ser nada
seja apenas você...
Carlos Ferreira
Ela foi embora
Procuramos tanto
Algo para ser entendido
Algo que nunca se encontra
Apenas resta em nós
O pouco que somos
Essa pessoa que descobrimos
As vezes lágrimas curam nossa dor
As vezes a dor cura nossas lágrimas
O que importa agora é você
Sem medos que espantem
Ou ódio que destrua
Mas você,
Sua lágrima sincera
A força que te move
A vida que você tem ainda
A cada dia renovada...
Talvez um poema seja pouco
Mas nunca é o suficiente
Por favor,
Não se esforce em ser nada
seja apenas você...
Carlos Ferreira
na floresta do alheamento
Sei que despertei e que ainda durmo.
O meu corpo antigo, moído de eu viver
diz-me que é muito cedo ainda...
Sinto-me febril de longe. Peso-me, não sei porquê...
Num torpor lúcido, pesadamente incorpóreo, estagno,
entre o sono e a vigília, num sonho que é uma sombra de sonhar.
Minha atenção bóia entre dois mundos
e vê cegamente a profundeza de um mar e a profundeza de um céu;
e estas profundezas interpenetram-se, misturam-se,
e eu não sei onde estou nem o que sonho.
Um vento de sombras sopra cinzas de propósitos mortos
sobre o que eu sou de desperto.
Cai de um firmamento desconhecido um orvalho morno de tédio.
Uma grande angústia inerte manuseia-me a alma por dentro e,
incerta, altera-me, como a brisa aos perfis das copas.
Na alcova mórbida e morna a antemanhã de lá fora
é apenas um hálito de penumbra.
Sou todo confusão quieta... Para que há-de um dia raiar?...
Custa-me o saber que ele raiará,
como se fosse um esforço meu que houvesse de o fazer aparecer.
Com uma lentidão confusa acalmo.
Entorpeço-me.
Bóio no ar, entre velar e dormir,
e uma outra espécie de realidade surge,
e eu em meio dela, não sei de que onde que não é este...
O movimento parado das árvores: o sossego inquieto das fontes;
o hálito indefinível do ritmo íntimo das seivas;
o entardecer lento das coisas,
o cair das folhas, compassado e inútil, pingos de alheamento,
em que a paisagem se nos torna toda para os ouvidos
e se entristece em nós como uma pátria recordada...
Não tínhamos época nem propósito.
Toda a finalidade das coisas e dos seres ficara-nos
à porta daquele paraíso de ausência.
Imobilizara-se, para nos sentir senti-la,
a alma rugosa dos troncos, a alma estendida das folhas,
a alma núbil das flores, a alma vergada dos frutos...
E assim nós morremos a nossa vida,
tão atentos separadamente a morrê-la
que não reparámos que éramos um só,
e cada um, dentro de si, o mero eco do seu próprio ser...
Fernando Pessoa
O meu corpo antigo, moído de eu viver
diz-me que é muito cedo ainda...
Sinto-me febril de longe. Peso-me, não sei porquê...
Num torpor lúcido, pesadamente incorpóreo, estagno,
entre o sono e a vigília, num sonho que é uma sombra de sonhar.
Minha atenção bóia entre dois mundos
e vê cegamente a profundeza de um mar e a profundeza de um céu;
e estas profundezas interpenetram-se, misturam-se,
e eu não sei onde estou nem o que sonho.
Um vento de sombras sopra cinzas de propósitos mortos
sobre o que eu sou de desperto.
Cai de um firmamento desconhecido um orvalho morno de tédio.
Uma grande angústia inerte manuseia-me a alma por dentro e,
incerta, altera-me, como a brisa aos perfis das copas.
Na alcova mórbida e morna a antemanhã de lá fora
é apenas um hálito de penumbra.
Sou todo confusão quieta... Para que há-de um dia raiar?...
Custa-me o saber que ele raiará,
como se fosse um esforço meu que houvesse de o fazer aparecer.
Com uma lentidão confusa acalmo.
Entorpeço-me.
Bóio no ar, entre velar e dormir,
e uma outra espécie de realidade surge,
e eu em meio dela, não sei de que onde que não é este...
O movimento parado das árvores: o sossego inquieto das fontes;
o hálito indefinível do ritmo íntimo das seivas;
o entardecer lento das coisas,
o cair das folhas, compassado e inútil, pingos de alheamento,
em que a paisagem se nos torna toda para os ouvidos
e se entristece em nós como uma pátria recordada...
Não tínhamos época nem propósito.
Toda a finalidade das coisas e dos seres ficara-nos
à porta daquele paraíso de ausência.
Imobilizara-se, para nos sentir senti-la,
a alma rugosa dos troncos, a alma estendida das folhas,
a alma núbil das flores, a alma vergada dos frutos...
E assim nós morremos a nossa vida,
tão atentos separadamente a morrê-la
que não reparámos que éramos um só,
e cada um, dentro de si, o mero eco do seu próprio ser...
Fernando Pessoa
terça-feira, 1 de setembro de 2009
por um breve tempo









De todas as histórias criadas por Bill Watterson entre 1985 a 1995
estreladas por Calvin, um garoto hiperativo de seis anos de idade,
com imaginação fértil, e Haroldo, seu tigre de pelúcia,
esta seqüência de tirinhas,
publicada originalmente em março de 1987,
é a maior prova da capacidade que Bill Watterson possui
de transformar uma história em quadrinhos
em um veículo capaz de invocar emoções e reflexões
de uma maneira comovente e inesperada...
Aconteceu algo muito parecido há pouco tempo,
minha mãe encontrou um gatinho abandonado,
que estava muito machucado, bem magrinho,
e com os olhos quase fechados...
com muita paciência ela cuidou dele o melhor que pôde,
ele se recuperou, ganhou peso,
começou a andar quase normalmente,
e adorava brincar...
é, adorava... pois infelizmente ele se foi,
por causa de um acidente estúpido...
mas sempre vou lembrar dele,
das suas brincadeiras,
da sua beleza singular,
seu jeito de correr, quase pulando,
e sua vontade de viver...
adeus Mimo!
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